19 de junho de 2024
As pesquisas sobre os canabinoides tem ganhado mais destaque e chamado a atenção dos pesquisadores e médicos pelo potencial terapêutico. Cannabigerol (CBG), cannabidiol (CBD) e o tetrahidrocanabinol (THC) são os que despontam nas pesquisas e trazem esperança para tratamentos de condições que antes pareciam sem solução.
É a partir do CBG que tudo começa. É nesse canabinoide, com propriedades anti-inflamatórias, neuroprotetoras e até mesmo anti-cancerígenas, que se formam o CDB e o THC.
Embora esteja presente em pequenas quantidades, comparando com os outros dois, o CBG tem levantado grandes expectativas entre os pesquisadores, que buscam entender completamente o seu potencial terapêutico.
Por não ser psicoativo, o CBG tem se tornado uma opção para pacientes que buscam os benefícios terapêuticos da cannabis sem os efeitos psicoativos indesejados.
CDB é o canabinoide não psicoativo mais famoso nos tratamentos envolvendo a cannabis. Pesquisas sugerem que ele tem se mostrado eficaz para condições como: epilepsia, ansiedade, dor crônica, distúrbios do sono. Além disso, tem propriedades anti-ansiedade, analgésicas, antipsicóticas e neuroprotetoras.
Mas as pesquisas não param por aí, o CBD tem sido explorado para o tratamento de distúrbios neurológicos graves, como a síndrome de Dravet e a doença de Parkinson.
O CDB tem uma enorme capacidade de interagir com o sistema endocanabinoide do corpo humano, isso significa que tem uma forte influência no humor, sono, na dor e na inflamação.
O THC é famoso pelo uso recreativo, graças a sua interação com os receptores canabinoides no cérebro, pode desencadear efeitos como euforia, relaxamento e alterações na percepção sensorial. Mas estudos apontam que o THC pode ser eficaz no tratamento da dor, para reduzir náusea e no estímulo do apetite.
Só que o uso terapêutico do THC enfrenta desafios. É que os efeitos psicoativos podem ser indesejados. São efeitos colaterais como ansiedade, paranoia e distorções da realidade.
O THC ainda possui risco de desenvolver a dependência em alguns usuários. Então o desafio dos pesquisadores é equilibrar a terapia com com os problemas de saúde associados.
O uso terapêutico da cannabis está presente com evidências históricas em várias culturas há milhares de anos, mas há pouco tempo a ciência começou a estudar os efeitos terapêuticos dos canabinoides.
À medida que as pesquisas continuam, há esperança de que o CBG, CBD e THC possam desbloquear tratamentos para condições que pareciam sem solução.