26 de abril de 2024
Procurar produtos à base de cannabis medicinal e seus derivados na internet é uma tarefa que exige atenção e muita pesquisa. Um exemplo disso é que pelo menos 96% dos produtos anunciados na Amazon dos EUA não transparecem confiança aos consumidores.
De acordo com uma empresa que avalia a qualidade dos produtos de cannabis, 30% dos produtos divulgados no marketplace realmente continham canabidiol (CBD) e 11% tetrahidrocanabinol (THC). Além disso, 62% dos derivados de cannabis não tinham canabinoides e 43% não eram de cânhamo.
Assim, dois pontos são cruciais: o primeiro é que a venda de derivados de cannabis medicinal não é permitida na Amazon dos EUA. Isso já implica no segundo ponto, o qual sugere que os anúncios da plataforma podem ser enganosos para quem está em busca de um tratamento com cannabis medicinal, por exemplo.
Portanto, é importante se certificar de onde você está adquirindo produtos de cannabis medicinal, pois os golpes são comuns. E isso também mostra que a curadoria dos medicamentos é tão fundamental quanto a compra.
A escolha dos medicamentos de cannabis medicinal ideais é uma responsabilidade também dos profissionais de saúde, afinal, eles impactam diretamente no tratamento dos pacientes.
É importante saber de onde seu produto está vindo e se a fabricação segue normas técnicas de qualidade. Uma das formas de checar a qualidade das medicações de cannabis é a existência do CoA (Certificado de Análise).
Este documento é emitido por um laboratório (geralmente ligado à empresa fabricante) após uma série de testes que analisam a proporção de canabinoides e a pureza dos produtos. Informações sobre fabricação, utensílios e maquinários também costumam ser destacadas.
A sigla CoA vem de Certificate of Analysis, uma regra dos Estados Unidos que verifica se as remessas estão dentro dos padrões federais e estaduais. Como a maioria dos produtos de cannabis medicinal que chegam ao Brasil são importados, os termos costumam vir em inglês, já que foram aprovados pelo país fabricante.